domingo, 24 de abril de 2011

Rolim de Moura: limites e potencialidades

Rolim de Moura: limites e potencialidades

Nosso município, construído por migrantes a partir de 1975, possui uma área de 1.487,30 Km² que foi desmembrado do município de Cacoal. Sua criação ocorreu em 5 de agosto de 1983 por meio de um Decreto Lei (DL 071/83), assinado pelo governador Jorge Teixeira de Oliveira, tendo sido desmembrado do município de Cacoal.

Está localizado a 477 Km de Porto Velho. A altitude média do município, em relação ao nível do mar é de 250 metros.

Sua área já foi maior, compreendia o atual município de Novo Horizonte do Oeste. Atualmente está organizado em 2 distritos urbanos: a cidade de Rolim de Moura, sede municipal e Nova Estrela, a 24 Km da sede, em sentido leste. O Município confronta-se com Castanheiras ao Norte, Santa Luzia D’oeste e Alta Floresta D’oeste ao Sul, Pimenta Bueno, São Felipe e Cacoal a Leste, Novo Horizonte D’oeste a Nordeste. Localiza-se na Região Centro-Sul do Estado.

O Município é atravessado no sentido Norte-Sul pela RO 479, num trecho de 48,5 Km e pela RO 010 numa extensão de 30,5 Km.

Os migrantes que formaram nosso município são originários basicamente do sul do Brasil, vindos principalmente do Paraná. Mas também formam nossa população migrantes capixabas, mineiros, gaúchos, paulistas, mato-grossenses e outros. Nos anos 1980 o processo igratório era tão intenso que chegavam, em média, 35 famílias por dia em nossa cidade.

A área total do município que se constituía de uma floresta exuberante, hoje está quase completamente desmatada. Nossa flora era constituída de grandes árvores amazônicas (castanheira, mogno, jatobá, sucupira, cerejeira, entre outras). Além disso havia áreas de vegetação de cerrado. O desmatamento, entretanto está estacionado e com tendências a reflorestamento, pois os proprietários já perceberam a importância da vegetação para suas terras e águas.

Nossa potencialidade economica vai além da agricultura e da pecuária. Começam a se vislumbrar espaços crescentes de industrialização. Mas o que mais chama a atenção, neste inicio de seculo XXI é que o sistema escolar, também está ajudando no desenvolvimento do município. existem vários investimento para alavancar o ensino superior.

Neri P Carneiro

domingo, 3 de abril de 2011

3- O Município

3- O Município
Rolim de Moura é o nome do nosso município. Trata-se de uma região de Rondônia e localiza-se na parte central do estado. Mas o que é isso que chamamos de Município?
Chamamos de município determinadas regiões do estado, as quais são bem definidas pelos limites com outros municípios. Essas regiões circunscritas possuem algumas características: é administrada por um prefeito, possui um poder legislativo, chamado câmara de vereadores, a qual tem a função de auxiliar na administração e fiscalizar os atos do executivo. Além disso, os municípios mais populosos também são chamados de comarca, pois contam com o poder judiciário representado pelo juiz a quem cabe julgar os crimes e pendências jurídicas da área de abrangência da comarca.
No Estado de Rondônia todos os municípios estruturam-se em duas regiões bem distintas: área urbana e rural. Sendo que em geral formam-se duas ou mais áreas urbanas: uma delas é a sede municipal e outra ou outras correspondem aos distritos.
Alguns municípios são bastante populosos, como Porto Velho, Ji-Paraná, Ariquemes, Cacoal. Fora do eixo da BR 364, que corta Rondônia de sul a norte, Rolim de Moura é o maior município.
Atualmente em Rondônia existem 52 municípios. Entre eles está Rolim de Moura.
O Município de Rolim de Moura está localizado entre outros municípios: Cacoal, Pimenta Bueno, São Felipe, Santa Luzia, Alta Floresta do Oeste, Novo Horizonte, Castanhairas.
Cada município possui a sua característica econômica.
No caso de Rolim de Moura, que possui um grande potencial econômico, atualmente se caracteriza como região de pecuária. Ao redor da pecuária de corte e leiteira, desenvolvem-se algumas indústrias de laticínio e de carne. A agricultura, embora não seja muito desenvolvida, produz arroz, feijão, milho, café... Produtos de subsistência, mas que os seus produtores destinam o excedente à comercialização local. O município conta, também, com algumas experiências de piscicultura.
Embora sejamos Brasileiros, e vivamos no estado de Rondônia, nossa vida efetivamente transcorre no município. As outras entidades (estado e nação) são realidades mais distantes. Nosso cotidiano ocorre no município.
Neri de Paula Carneiro

2- O Nome do Município: Rolim de Moura

2- O Nome do Município
Em nossa cultura identificamos as coisas, as pessoas e as localidades com um nome. Por esse motivo o lugar em que vivemos também tem um nome: chama-se Rolim de Moura.
Esses nomes são atribuídos a partir de várias motivações e seguindo os mais diferentes critérios. Assim, podemos nos perguntar o porquê do nosso município ter esse nome.
Primeiro vamos descobrir quem foi Rolim de Moura.
Foi um nobre português, do século XVIII: Dom Antonio Rolim de Moura Tavares, a quem o rei português agraciou com o título de Conde de Azambuja. Além de conde, Rolim de Moura recebeu uma missão: instalar e administrar a capitania de Mato Grosso. E ele cumpriu a missão, coordenando os trabalhos de ereção da capital de Mato Grosso. A localidade recebeu o nome de Vila Bela da Santíssima Trindade. Essa cidade, primeira capital de Mato Grosso, gozou desse status até a sede administrativa daquele estado ser transferida para a atual: Cuiabá.
Até ai nenhuma relação com a cidade de Rolim de Moura. Mas chegou o século XX e outro personagem entra em cena: o Marechal Rondon, que recebeu a incumbência de liderar uma equipe de demarcação e instalação de uma linha telegráfica ligando Cuiabá a Porto Velho.
Essa equipe, adentrou pela mata fazendo a demarcação e denominação das localidades, acidentes geográficos (rios, vales e morros). Na região da atual cidade de Pimenta Bueno, nas proximidades de Cacoal, os exploradores localizaram um rio ao chamaram de Rio Rolim de Moura.
Mais alguns anos se passaram. Chegou a década de 1970 quando estava se intensificando o processo de ocupação de Rondônia. O INCRA criou os Projetos Integrados de Colonização (PIC). Entre eles foi criado o PIC-Gy-Paraná. Como o processo migratório era muito intenso, foi preciso ampliar a área de abrangência desse PIC. Nas proximidades do rio Rolim de Moura foi criada uma extensão do projeto, a qual recebeu o nome do rio. E, como noutras áreas dos PICs, nessa extensão também estava revista uma área urbana. Dessa forma, quando a cidade se formou, ganhou o nome da extensão do PIC: Rolim de Moura, não por causa do nobre português, mas por causa do rio.
Assim, na década de 1970 a cidade ganhou o nome do PIC, o qual recebeu o nome do rio que, por sua vez ganhou esse nome em homenagem ao nobre português. Um homem que desenvolveu suas atividades no século XVIII, no Mato Grosso, dois séculos antes da colonização de Rondônia e da formação de Rolim de Moura. Portanto, podemos dizer que o nome de nossa cidade nasceu de uma casualidade.
Neri de Paula Carneiro

1.2- Do êxodo rural às migrações para Rondônia

1.2- Do êxodo rural às migrações para Rondônia

O século XX foi um tempo de grandes transformações, no mundo todo. Essas transformações se intensificaram a partir da segunda metade do século. A indústria cresceu e produziu muitas máquinas que precisavam ser comercializadas.

Esse foi o contexto que provocou o desenvolvimento recente de Rondônia, a partir dos anos 1960. Considerando isso podemos dizer que Rondônia se fez por causa do avanço tecnológico mundial. E foi exatamente nesse contexto de desenvolvimento que iniciou no sul do Brasil, um processo de mecanização das lavouras. Ocorrendo isso as máquinas começaram a ocupar o espaço das lavouras de café. E os trabalhadores passaram a se concentrar nas cidades. Processo que recebeu o pomposo nome de “Exodo Rural”. O resultado? Começavam a se manifestar conflitos e distúrbios na área urbana. E o governo militar, da época, não queria isso!

Por isso mandou inventar soluções. Para evitar maiores conflitos sociais, inventou o processo de ocupação da Amazônia. Foi assim que se decidiu pela colonização de Rondônia. Nessa época e para agilizar o processo de assentamento, o INCRA criou os Projetos Integrados de Colonização (PIC), os Projeto de Assentamento Dirigido (PAD), os Projetos de Assentamento (PA) e outros nomes de projetos pelos quais o INCRA eftuava o assentamento de colonos vindos das diferentes localidades do Brasil.

Os projetos de Colonização, coordenados pelo INCRA foram os chamarizes que descongestionaram as cidades do Sul-Sudeste (principalmente do Paraná, um dos estados onde mais se observou o processo de concentração fundiária, causando a migração para as cidades), inchadas com o “Êxodo Rural” e ao mesmo tempo produziram o processo migratório que, nos anos 1970-80, trouxe os colonos para Rondônia.

E por onde vieram esses colonos? Até o inicio dos anos 1980 vieram nas carrocerias dos caminhões que se arrastavam pelas dificuldades da lamacenta, arenosa e quase intransitável rodovia aberta no final do Governo JK. A duração da viagem dependia do local da partida. Por exemplo, do Paraná demorava-se cerca de duas semanas. Os incontáveis caminhões que chegaram em Rondônia, trazendo mudanças usava a mesma via de acesso: a Br 364. Lembrando que a conclusão do asfaltamento dessa rodovia somente aconteceu no inicio de 1984.

Neri de Paula Carneiro

1.1- Lugar em que Vivemos

1.1- Lugar em que Vivemos
O lugar em que vivemos pode ser descrito de várias formas: é um município, é parte do estado de Rondônia, estrutura-se com uma área urbana e outra rural, desenvolveu-se a partir das migrações dos anos 1970, tem um nome, pode ser representado por símbolos...
Procuremos entender cada uma destas dimensões do local em que vivemos. Podemos dizer que o lugar onde vivemos e estudamos é um bairro do município de Rolim de Moura. Portanto este é um espaço urbano. Mas nem sempre foi assim...
No começo, isto que chamamos de Rolim de Moura era uma floresta. Sem índios, mas floresta. Havia indígenas, mas só nas redondezas, onde hoje são os municípios vizinhos.
E como era a floresta? Uma mistura de grandes árvores amazônicas e pequenas manchas de cerrado. Ainda hoje, em algumas localidades do espaço rural, são encontrados vestígios dessa vegetação: castanheira, jatobá, garapeira, ipê são alguns exemplos de grandes árvores que ainda existem. Além disso, em vários lugares, ainda podemos ver os troncos retorcidos da vegetação de cerrado, que havia na região do nosso município.
Tudo começou mudar na década de 1970. Começaram a chegar os migrantes: gente de todo canto do Brasil chegou para desmatar, plantar e colher; a floresta foi caindo, os bichos foram fugindo e a cidade aparecendo. É claro que em outras regiões do estado o processo de colonização foi diferente: em algumas começou antes e noutras isso se deu depois...
No caso de Rolim de Moura esse processo foi feito, principalmente por gente que veio do sul-sudeste. Muitos agricultores, sem terra no Paraná, acreditaram na propaganda da terra farta, fértil e facilmente acessível no coração de Rondônia. Um dos órgãos que faziam propaganda para atrair mais gente era o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). O fato é que o governo militar inventou Rondônia e o INCRA divulgou a notícia.
O INCRA distribuiu as terras e as pessoas vieram com suas foices e machados; com motosserras e serrarias. Cortando, derrubando e construindo... foi assim que em pouco tempo a paisagem estava mudada. A floresta transformada em vila, com muita gente e mais gente chegando. E a vila virou cidade
Mas as coisas não eram fáceis, naqueles primeiros tempos. Sem estradas, sem recursos, sem dinheiro. Mesmo assim a cidade se fez, graças aos braços fortes e esperançosos dos migrantes que acreditaram numa promessa. A partir de 1975, quando foi criada a Extensão Rolim de Moura, do PIC-GY-Paraná, muita coisa se fez e os migrantes foram muito além da promessa. Tanto que em 1983 o que antes fora a vila de Rolim de Moura virou município que vem se desenvolvendo dia-a-dia.
Hoje pouco sabemos sobre quem foram os pioneiros, mas o que sabemos é que foram muitos. São os anônimos construtores da nossa história, os colonos, que em poucos anos construíram Rolim de Moura, no coração de Rondônia.
Neri de Paula Carneiro

1 - Onde vivemos


1 - Onde vivemos
Cada um de nós é parte de uma família que, evidentemente, mora numa casa.
A maioria das nossas casas está situada numa rua de algum dos bairros de nossa cidade. Mas isso não esgota a descrição do ambiente em que vivemos, pois o bairro faz parte de uma cidade que é uma parte do município em que vivemos. Você saberia dizer quantos bairros existem em nossa cidade? Quais são seus nomes? Saberia dizer o nome do bairro em que vive e dos bairros vizinhos?
Além disso, nosso município é apenas uma pequena porção do nosso estado que por sua vez é uma das Unidades da Federação (UF) que compõem nosso país, o Brasil.
Portanto, se alguém nos perguntasse onde moramos podemos dizer o nome da rua, o bairro, a cidade e o estado em que vivemos neste nosso imenso país chamado Brasil. Sem nos esquecer que cada município tem um ou mais CEP que é o Código de Endereçamento Postal.
Mas agora o que nos interessa é o nosso município. Ele é formado de pelo menos duas partes. Quais são elas? A área rural e a área urbana. Na área rural são produzidos inúmeros gêneros que são comercializados e consumidos na área urbana. Normalmente são gêneros da agricultura ou da pecuária. Mas é bom saber que em alguns municípios deste imenso Brasil também são explorados gêneros minerais ou existem grandes parques industriais. O Importante é que todos esses produtos são usados para o bem estar da população das várias regiões do país. E com isso se intensifica o comércio.
E a área urbana? Essa é formada pela cidade que também é denominada de sede administrativa. Muitos municípios são formados por mais de uma área urbana. Nesse caso além da sede administrativa existem os distritos. Você sabe dizer se em nosso município existe distrito? Como ele se chama? Já foi diferente?
Essas são apenas algumas das características do município, espaço onde vivemos
Neri de Paula Carneiro